Dia do Livro

23 de abril de 2015



A UNESCO escolheu o dia 23 de abril para celebrar o Dia Mundial do Livro e dos Direitos Autorais. Há 17 anos, comemora-se na data a ação do livro em nossas vidas, que é instrumento de união, transmissão de cultura e conhecimento. A leitura pode nos proporcionar viagens a lugares inimagináveis e sensações incríveis, além de transformar realidades. 

Para festejar a data, alguns membros da equipe Mosaico nos contam qual seu livro preferido e o porquê. Buscando sugestões de leitura? Confere aí.



Eu sou o Mensageiro, Marcus Zusak



Meu livro favorito me conquistou quando eu tinha mais ou menos 17 anos, enquanto rodeava a biblioteca de onde estudei no ensino médio: Eu sou o Mensageiro, de Marcus Zusak (autor do renomado “A menina que roubava livros”). O personagem principal tinha uma vida como a minha na época em que li: cheio de dúvidas, uma vida sem muito sentido e sem pretensões. Nessas reviravoltas, o Ed – personagem principal – se vê num assalto a banco e resolve que deve fazer algo pra impedir isso. Depois do assalto, começa a receber cartas de baralho pelo correio, que eram anônimas e continham apenas endereços. Ele resolve ir atrás desses endereços e o que eles escondem e descobre muitas outras histórias que precisam também de alguma “interferência”. O livro se desenrola de uma maneira muito fluida, e proporciona algumas risadas e vários questionamentos sobre a vida. Vale a pena a leitura!

Lays Vieira, consultora de Qualidade.


Um lugar na janela, Martha Medeiros


A maior parte das viagens que fez ao longo da vida Martha Medeiros compilou e relatou nesse livro. Com olhar aventureiro, a jornalista destaca diversas experiências em cada canto do mundo, dando ao leitor um gostinho de como é viajar e vivenciar as peculiaridades de cada lugar de várias formas: sozinha, acompanhada, com filhos ou namorados.

Não me encantei pelo livro só pelo fato de ter sido escrito por uma jornalista, mas por ter sido escrito por uma profissional na qual me espelho. O caminho do jornalismo turístico, ainda pouco explorado, é uma das minhas ambições de carreira. Dessa forma, livros que abordam temas de viagem, relatos ou romances, são os que me dão mais gosto de ler. Eu já curtia o trabalho da Martha, me divertindo com suas crônicas que saiam no jornal aos domingos.Quando soube que teria a chance de ler um livro que trouxesse o bom humor da jornalista e ainda de me aventurar pelo mundo literário a fora, sabia que seria a combinação perfeita.

Lis Maldos, gerente de Qualidade.


A moreninha, Joaquim Manoel de Macedo


O livro é da fase do romantismo brasileiro e retrata a ida de quatro estudantes de medicina a casa da avó de um deles, durante o feriado na ilha de Paquetá. Um deles se apaixona por Carolina (A moreninha), mas não se declara , pois quando criança havia feito a promessa de entregar seu coração a outra moça. No decorrer da história o jovem descobre que a mesma moça que prometeu amor eterno na verdade é Carolina sua querida, Moreninha.

Gosto do livro, pois retrata uma história tipicamente romântica, o que me encanta. E pra falar a verdade gosto bastante dessa fase do romantismo brasileiro que, além de,Joaquim Manoel de Macedo, conta também com José de Alencar, autor de grandes clássicos como Iracema, Guarani e  A senhora.

Michele Carvalho, Vice-presidente.


Fora de série: Outliers, Malcolm Gladwell


O livro Fora de Série (Outliers) se baseia na história de vida de grandes nomes como Bill Gates, os Beatles, Mozart, mostrando porquê eles se destacam no meio de tantos outros talentos. O livro faz jus principalmente a premissa de que “ninguém se faz sozinho”, e como essas pessoas de sucesso aproveitaram oportunidades e sua herança cultural. Através da análise sobre diferentes aspectos como a época em que nasceram, quem são seus pais, qual a sua cultura, explica o porquê eles são literalmente fora de série e seus diferenciais.

Eu sou apaixonada por livros que apresentam histórias de sucesso. Porém, esse particularmente se tornou um dos meus preferidos, pois mostra justamente os diferenciais, as questões culturais, o que essas pessoas fazem no seu cotidiano e obtem sucesso com isso. Ou seja, não é um livro de fómulas mágicas, mostrando que é justamente nas ações do dia-a-dia, que se consegue atingir o nível de excelência.  

Sarah Rios, consultora de Projetos.


Bagagem, Adélia Prado

Eu com certeza sou meio suspeita para falar de Adélia, afinal, além de compartilharmos o amor pela nossa cidade (que é a mesma: Divinópolis), temos outro sentimento em comum: ver poesia nas coisas simples do dia-a-dia. Bagagem  é considerado um dos principais livros de poesia publicados por mulheres nas últimas décadas. Elogiado por Carlos Drumond de Andrade, as poesias do livro trazem toda a sensibilidade feminina para temas do cotidiano.

Adélia é quase uma alma gêmea pra mim, na forma que trata o sagrado e o profano, na sutileza de suas percepções cotidianas, vendo poesia na “borboleta pousada. Ou é Deus ou é nada”.Esse livro foi a porta de entrada para mim no mundo da literatura, da escrita, e da poesia principalmente. Ao lê-lo descobri que gostava de escrever e que a vida é bonita o tempo inteiro: a poesia está em tudo!

Sarah Rodrigues, Assessora de Comunicação.


E você leitor? Qual seu livro preferido?







21 de abril de 2015

5 Curiosidades sobre Tiradentes


Desde 1965, no dia 21 de abril, é celebrado no Brasil o Dia de Tiradentes e também os acontecimentos que contribuíram para a Inconfidência Mineira. Neste dia, separamos 5 curiosidades desse “Herói” para o povo brasileiro. Veja abaixo:

1- Ele nunca usou barba e cabelos longos, como é retratado em livros didáticos. Essa figura vem de uma pintura de Décio Vilares, de 1890, em que Tiradentes é representado com base na fisionomia de Jesus Cristo.

2- Tiradentes é o "patrono cívico da nação". É o único brasileiro cuja data de morte se comemora com um feriado nacional.

3- Tiradentes não foi considerado um herói tão logo. Morreu e só passou a ser cultuado 98 anos após a sua morte. Como defendia ideias iluministas republicanas e antimonarquistas, durante o período imperial brasileiro, seu nome quase não era citado.

4- Tiradentes não era pobre, tendo um cargo de militar graduado. Ele também possuía escravos e vivia bem. Era um homem comum da época.

5- Após o enforcamento, seu corpo foi esquartejado. As 4 partes foram exibidas no caminho entre Rio de Janeiro e Minas Gerais. Sua cabeça ficou exposta num poste em praça pública. Na terceira noite, foi roubada e nunca mais foi encontrada.


Parabéns Jornalistas!

7 de abril de 2015
Você já imaginou acordar pela manhã, e não ter como saber o que se passa no mundo? O presidente ser deposto e você nem imaginar? Fazer um investimento financeiro sem conhecer a situação do dólar? Todos os dias, muito antes de você se levantar, alguém já está de pé se inteirando do que passa no mundo inteiro para poder te contar.

Assim como o Clark Kent se escondia atrás dos óculos e do cabelo engomadinho e salvava o mundo como Super Homem nos momentos de perigo, o jornalista é também o super-herói da notícia. Horários loucos, deadlines apertados, entrevistas sem fim e corridas atrás de furos e fontes  fazem parte da nossa rotina. A gente corre atrás do acontecimento, perde o sono e se desdobra em mil, tudo isso para te manter sempre informado.Fazemos a ponte entre a sociedade e a informação, sem que muitas vezes as pessoas nem saibam o nosso nome. Anônimos, como Clark, "salvamos" você do desconhecimento do que está acontecendo ao seu redor.

Nem sempre é fácil. Aliás, na maioria das vezes é difícil. Precisamos reunir os dados, escrever a matéria, enviar para o revisor, sempre com prazos apertadíssimos, afinal, a notícia precisa ser quente! Você deve estar se perguntando: e o que nos move? Paixão. Pelo fato, por descobrir pessoas e lugares, por contar histórias, pelo o poder de informar. Nós sabemos que o conhecimento pode transformar realidades e por isso seguimos acreditando na profissão mesmo durante as adversidades que todos os dias enfrentamos na nossa rotina de trabalho.


Por tudo isso, parabéns a todos os jornalistas nesse 7 de abril!

Um livro de tirar o sono

3 de abril de 2015

O livro “Conte-me seus sonhos”, lançado nos EUA em 1998, já está em sua 19ª edição e, ainda assim, é uma história atual e que intriga seus leitores.  Ashley Patterson, Tony Prescott e Alette Peters trabalham juntas em uma empresa de tecnologia no Vale do Silício, nos Estados Unidos, e são as protagonistas.

A estadunidense Ashley é uma mulher certinha e filha do Dr. Steve Patterson, um médico muito famoso e de índole inquestionável. Em contraponto, a inglesa Tony gosta de cantar e possui personalidade forte, além de uma sensualidade a flor da pele. Por fim, a italiana Alette é apaixonada pelas artes e possui um incrível dom para a pintura. Alette e Tony possuem uma relação de amizade estreita e vivem fofocando sobre a “senhora certinha”, como chamam Ashley. As coisas começam a mudar quando Ashley passa a ter lapsos de memória e não parece se lembrar de qualquer ligação com as duas “colegas” de trabalho. Será?

Enquanto isso, uma série de assassinatos, sem qualquer ligação aparente entre as vítimas, começa a preocupar a polícia. Crimes com as mesmas características cruéis: morte e castração dos homens. A surpresa vem quando o DNA de Ashley, a “senhora certinha”, é encontrado nas cenas de todos os crimes e ela é levada a júri popular. A moça se diz inocente e somente Tony e Alette conhecem a verdade. Mas como as duas podem ajudá-la se a colega nem as conhece?

O leitor passa a se questionar: Ashley é realmente inocente como diz? Qual a verdadeira ligação entre as três mulheres? Será que tudo não passa de um distúrbio psicológico?
“Conte-me seus sonhos” começa nos apresentando a rotina das três personagens que serve como pano de fundo para evolução da história. A princípio, o livro parece só mais um suspense qualquer que encontramos por acaso em uma livraria, mas, à medida que as páginas vão ficando para trás, percebemos que ele vai muito além disso.

A história nos envolve aos poucos e quando nos damos conta, é impossível parar para dormir. Ainda, o autor levanta importantes questões sobre traumas passados e como eles refletem na vida adulta, bem como, motiva a reflexão sobre o homem e suas diversas facetas. Afinal, o que é certo ou errado? Até que ponto a justiça dos homens é realmente justa? Até onde possuímos controle sobre nós mesmos? Esse romance eletrizante pode te ajudar a encontrar as respostas.

Ficha técnica:

Título Original: Tell me your dreams
Autor: Sidney Sheldon
Editora: Records
Assunto: Romance
Edição: 19
Ano: 2011

 Sidney Sheldon. Imagem retirada do Blog Blah Cultural.

Sobre o autor

Sidney Sheldon (1917-2001) nasceu em Chicago, Illinois, e foi um importante roteirista e escritor norte-americano. Publicou  ao longo da vida 18 livros e todos alcançaram o ranking dos mais vendidos pelo The New York Times. Além disso, escreveu roteiros para TV, peças para a Broadway e diversos filmes. Em 1947, ganhou o Oscar de melhor roteiro original, com o filme The Bachelor and the Boddy-Soxer. É considerado pelo Guiness Book o autor mais traduzido no mundo. Sheldon geralmente colocava mulheres como personagens principais e seus romances são repletos de suspense e sensualidade. Ele sofria de transtorno bipolar e já havia tentado o suicídio aos 17 anos. Faleceu aos 89 anos, por complicações de uma pneumonia, ao lado da terceira esposa e filha.