Banshee - Coincidências do destino

27 de março de 2015
Bem, antes de mais nada, conheci essa série por ser meio do contra.  Há tempos atrás, a maioria das pessoas que conheço viviam falando de Breaking Bad, Game of Thrones, The Walking Dead e outras tantas séries famosas que existem por aí, então resolvi procurar algo que ninguém conhecia. Saí zapeando por essa rede afora, e eis que tive uma grata surpresa, eu conhecia a série que se tornaria a minha favorita.


Porém, a coincidência em questão não tem a ver comigo e como conheci o seriado, mas ela é um ponto chave para a história. O personagem principal da série (a terceira temporada foi finalizada e seu nome real não foi mencionado até hoje!!!) é um ladrão que acabou de cumprir uma pena de 15 anos, após ser pego em seu plano mais audacioso. Há de se imaginar que o sujeito tomaria um rumo na vida, mas a primeira coisa que ele faz é procurar sua ex–namorada e parceira de crime, Carrie Hopewell/Anastasia (Não estranhem! Seu nome verdadeiro é Anastasia, mas ela conseguiu uma nova identidade.). 

Para piorar a situação, meus amigos, quando ele a encontra em Banshee, cidade fictícia localizada na Pensilvânia, nos Estados Unidos, ela já tinha constituído uma família! Imaginem a situação: o cara passou um bom tempo em dificuldades na prisão e quando sai para encontrar a amada, ela está feliz, casada e com filhos. O jeito é parar em um bar das redondezas e afogar as mágoas. Mas é aí que o destino parece lhe dar uma chance, pelo menos é assim que ele vê. O novo xerife chega à cidade e resolve dar uma passada no bar também (é o point da região). Só que, antes mesmo de se apresentar a população, o representante da lei é morto por dois assaltantes que queriam o dinheiro do estabelecimento. O seu nome era Lucas Hood, eu digo era não só porque ele partiu dessa para melhor, mas porque o ex-presidiário assume a sua identidade.

Novo xerife Hood

A partir desses acontecimentos a história do novo xerife de Banshee começa a se desenrolar.  Com seu jeito único e agressivo de fazer justiça, Hood passa a ganhar grande atenção da população local. A série, além de proporcionar algumas das melhores cenas de ação da atualidade, apresenta personagens muito interessantes.  Kai Proctor por exemplo, é o vilão principal da série, mas muitas vezes por ser descendente de um grupo amish (religiosos cristãos que no seriado são retratados como holandeses, porém têm origem Suíça) parece estar em conflito com suas próprias ações.  Temas como racismo, religião, conflitos familiares e crises psicológicas mantém “o trem nos trilhos”. E intensamente, diga-se de passagem.

Além da série ser produzida pela Cinemax, uma subsidiária da HBO, o seu showrunner é Alan Ball. Se esse nome lhe soa familiar, é porque Ball exerceu a mesma função no sucesso comercial True Blood. Então se você passar o olho e gostar da série, não vá dizer que foi uma coincidência do destino!

    

Os Generais Empresariais

26 de março de 2015


Grandes líderes e empreendedores não são formados da noite para o dia. É preciso muita aplicação e conhecimento. Mas por que não dizer que também é necessária a presença de modelos a serem seguidos? 

A partir disso, por mais surreal que possa parecer, podemos fazer uma alusão entre um filósofo e general chinês com o mundo dos negócios. Com certeza Sun Tzu ao escrever a Arte da Guerra, há cerca de 2500 anos atrás, não imaginaria que seus fundamentos e instruções para os campos de batalha seriam utilizados pelas mentes por trás de grandes empresas.

Sun Tzu pregava que um bom comandante deveria procurar conhecer os aspectos negativos e aqueles que reforçavam seus inimigos, além de ter bem identificado o ambiente em que a batalha seria realizada. Esse tipo de preocupação se faz extremamente necessária no mercado atual que muda em uma velocidade cada vez maior. Se você não tiver um amplo conhecimento do campo em que está se arriscando a entrar, os resultados podem ser diferentes do esperado, uma vez terrenos inóspitos elevam as chances de fracasso. E mais, saber o que vem dando certo e errado para os seus concorrentes é essencial para a montagem de um planejamento estratégico eficiente que evite problemas futuros no seu ambiente empresarial. 

Muitas vezes as pessoas que chegam ao topo se esquecem de que a construção de seus “Impérios” só foi possível graças a seus “soldados”. A base de qualquer negócio é feita não somente pelo lucro e por seus clientes, mas também por quem trabalha ao seu lado. Por isso, vale ressaltar um dos mais importantes ensinamentos deixados pelo general chinês para a formação de grandes líderes: “Trate seus homens como seus filhos e eles o seguirão aos vales mais escuros.Trate-os como filhos queridos, e eles o defenderão com o próprio corpo até a morte.”  Um bom comandante deve exercer suas funções sem esquecer daqueles que o auxiliam, pavimentando uma boa relação dentro da empresa, que resultará no surgimento de bons frutos a médio e longo prazo. Como Sun Tzu explica, é necessário distinguir as ações.  Saber ser rígido sem perder o controle, pois em uma guerra um líder irado terá grandes chances de se precipitar. 

Foto: Wikipédia

Cícero

20 de março de 2015


Vou me casar com Cícero. De forma trágica, bela, finita, mágica e doce. Nosso amor terá a insustentável leveza do ser e existir, torturará minhas vísceras angustiadas para depois aliviá-las e deixar o sangue fluir com naturalidade. Ele não me amará facilmente. Preciso sofrer por Cícero, minha devoção precisa da dor. O céu precisa estar engarrafado, acinzentado, pesado de nuvens, num meio-dia gasto. Ele se vira para ir e o cinza do céu parece sobrepor com mais intensidade todo o verde das árvores e relva do parque. Eu aperto sua mão, suplicante e o faço voltar. Preciso estar vestida de laranja, um vestido bem rodado, um laranja que o lembre as faixas estampadas de um balão, que o faça querer voar comigo. “Fica”, eu vou pedir, “fica, fica, fica”, um coro de elementais do ar presentes no vento unem-se à minha súplica. “Fica, fica, fica”, minhas vísceras se ressecam, “fica, fica, fica, menino”. O que você quer de mim?, é o que ele diz. Não respondo com palavras, só com meus olhos, que são o que tenho de melhor. O que quero? Mais que esses olhos poeticamente caídos ou esses cachos castanhos, quero sua essência, quero absorvê-la até sê-la. Ouvir as batidas desse coração musical, até essa música ressoar em mim, que tenho sido uma caixa oca, e assim, talvez, eu mereça comentários angelicais a meu respeito. Sempre quis ser uma pessoa poética, você naturalmente o é. Vou roubar essa poesia de você, menino, vou estreitar esses dez anos até parecer que nascemos ao mesmo tempo e que os mesmos anjos nos coroaram.


As únicas coisas destacantes no parque: meu vestido, o verde da relva, vento incolor, o som dos silfos, seus olhos caídos. O resto é cinza. Até você dizer que fica. Ainda só com os olhos, digo: fique mesmo. E fique com meu coração também, porque ele me cansa. Pisco algumas vezes e deixo uma lágrima cair para você entender que não estou oferecendo meu coração, estou o obrigando a engolí-lo. A culpa é dele, que diz frases lindas como "vamos onde ventar, menina".


Dedilharemos um violão, degustaremos um disco de Tom, vou roubar suas camisetas de banda. Nos dias quentes farei um suco gelado de pitanga, quase anestésico. Ele entenderá o fato de que, para mim, cereja é mais que uma fruta, é uma sensação que estala entre os dentes, que faz a alma arder. Ele entenderá que, se eu pudesse, seria uma cereja. Farei questão de manter seu cabelo constantemente bagunçado, de chorar em sua presença, de andar descalça pela casa e de demolir meus excessivos muros. Incapaz de me apaixonar, declararei todos os dias: "Cícero, estou apaixonada por você." Se possível até soletrarei e quem me conheceu, desconfiará que eu nunca tive um trágico medo.


Gira mundo cão e o traga até mim, porque já passamos da sexta-feira. Não posso sobreviver a mais um domingo sem ele.


O vento leva as folhas, os confetes, os sonhos, as gotas d'água e os balões. Vamos nos casar num balão, eu e Cícero. Seremos os mais felizes noivos, os mais efêmeros noivos, testemunhas da nossa própria redenção e da nossa própria ruína. Meu vestido pode possuir qualquer preço, qualquer textura, só precisa esvoaçar. Quero quilos de tecido plainando para fora do balão. Enquanto Cícero consome de uma vez por todas meus olhos assustados com os seus caídos, alguém aqui em baixo verá o balão multicor que voa, o tecido branco flutuando longamente, e então entenderá que nunca poderá ser feliz. Porque não é Cícero, nem eu.


Ninguém é Cícero.








Foto: Divulgação

Vídeos na Web: uma estratégia barata e eficiente

5 de março de 2015




















A maioria das pessoas utilizam uma parte considerável de seu tempo livre assistindo a vídeos online em seus notebooks, tablets e smartphones.  E é por isso que essa mídia pode ser um ótimo investimento nas estratégias de divulgação de sua empresa. O fácil compartilhamento, a rapidez com que se espalham e o feedback quase que imediato do público são outros motivos pelos quais muitas empresas estão apostando nesse filão.

O crescimento do número de celulares smartphone foi um dos grandes responsáveis pelo aumento da interação entre as pessoas que estão muito além do seu ciclo social. É possível se comunicar por meio de aplicativos com várias pessoas ao mesmo tempo, enviando imagens, sons e vídeos. Atualmente, estima-se que 500 anos de vídeos são assistidos por minuto no Facebook e mais de 700 compartilhados no Twitter, se considerado a soma total do tempo de duração.

Um vídeo pode se tornar famoso na internet e alçar a fama do seu autor em apenas um dia. O seu poder é tão grande, que até as instituições mais antigas e tradicionais estão adotando a nova mídia. Nas eleições do ano de 2014, os candidatos investiram nessa ferramenta, recheando o conteúdo com promessas ou denúncias em relação ao seu opositor. Um exemplo disso foram os vídeos usando nas campanha dos candidatos Tiririca, Correio e Aécio Neves.

Com um custo relativamente baixo e grandes possibilidades de resultados, o uso de vídeos online para divulgação de sua marca é uma grande oportunidade de alcançar um novo público, gerar valor para seus stakeholders e aumentar a reputação de sua organização.


Foto: Thayanne Nascimento/Mosaico